“Aquele carinha lindo que eu vi
uma vez e não sei o nome”, aposto que já te aconteceu isso.
E foi naquela noite voltando do
escritório, quando subi para o ônibus (entediada como sempre), o avistei
sentado lá no fundo. Que mania doida a gente tem de achar lindo um estranho
qualquer que por um acaso pegou o mesmo ônibus que você.
Coloquei os fones de ouvido. Eu
era covarde de mais pra me aventurar a sentar do lado dele e puxar uma
conversa, e eu não poderia nem usar à desculpa de que o ônibus estava lotado.
Só tínhamos nós dois dentro daquele ônibus.
Enquanto ouvia uma música antiga,
fiquei imaginando seus olhos (verdes claríssimos) me olhando enquanto me
equilibrava para sentar. Queria te olhar mais uma vez antes que o ônibus
parasse no meu ponto, então com o coração disparado engoli a timidez e me
virei. Tarde de mais. Sem que eu percebesse ele desceu em alguns dos pontos em
que o ônibus parou e algumas pessoas entraram.
O medo de me apaixonar, e acabar
me machucando de novo, me faz encontrar paixões platônicas por aí. No ônibus.
No café da esquina. Na estação do trem.
Depois daquele dia, nunca mais o
vi. Pego o mesmo ônibus todos os dias, e quando entro sempre fico na esperança
que ele esteja lá, mas não está. E acho que nunca mais vai estar.
Em uma dessas tardes preguiçosas
de domingo em que fico horas na frente do computador, uma nova ‘solicitação de
amizade’ chega ao meu perfil naquela rede social. Logo reconheço aqueles olhos
verdes lindos. Era ele, o carinha lindo que eu vi uma vez e não sabia o nome.
Primeiro senti uma felicidade imensa dentro de mim, depois veio aquele sentimento
de medo de me decepcionar. Mesmo assim
cliquei no “sim”e esperei.
_Ufa, como foi difícil te achar.
Foi a primeira coisa que ele me
disse no chat.
Tratei logo de rasgar todas as
páginas (que já estavam meio amassadas) do meu passado, me prender no
“bang-jump” da minha razão e me jogar de cabeça na história desse livro com
cheirinho de novo (e um pouquinho de Malbec).
E se tudo acontecer de novo é só dar um grito lá de baixo que alguém me
puxa de volta pra razão.
Enquanto escrevo, ele está
sentado do meu lado com um sorriso bobo no rosto, só me observando com aqueles
olhos verdes claríssimos.
Ás vezes é melhor se arriscar. É
aos poucos que a vida vai dando certo.
Amei, amei, amei. Apenas. Sou viciada em textos assim e amei esse!!! Beijinhos.
ResponderExcluirhttp://lullabyforju.blogspot.com.br
Tá lindo como sempre amore mio s2
ResponderExcluirBju Bju
http://abelhinha-arteira.blogspot.com.br/
Lindo, PARABÉNS Teté (eu chamo de Teté, não Fani! haha). Terminou com gostinho de quero mais! :D
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